Algumas informações sôbre o espírito de Irmã Ritier, coordenadora espiritual do
“Grupo Vocal União Harmonia” de São Bernardo do Campo / SP
Irmã Ritier nasceu, em pequeno povoado na França. Filha de pais pobres, católicos, desde pequena mostrava dons para se tornar freira. Com quatorze anos, tendo perdido seus pais , vítimas da peste negra que atacou e dizimou muita genta na época, naquele país, a jovem Ritier , desolada, procurou um convento no qual se internou, com o intuito de dedicar sua vida ao mestre nazareno. Menina estudiosa e esforçada, em dois anos, já vestia o hábito de freira ou, como diziam na época : “esposa de Jesus”. Gostava muito de crianças e se entristecia muitíssimo ao saber que centenas de crianças, órfãs, que perdiam seus pais na guerra, não tinham onde morar ou com que se vestir e se alimentar.
Constantemente a jovem Ritier se dirigia à madre superiora do “Convento da Colina” e, em audiência, solicitava poder deixar entrar no convento algumas crianças que ela pudesse alimentar e educar. Porém a madre superiora, criatura ainda tão longe dos princípios de caridade, dizia-lhe que num convento, só freiras é que tinham autorização para viver.
Alí não deveríam entrar pessoas estranhas e que a clausura era a forma de irem um dia , morar com o senhor. Ritier voltava à sua cela muito triste, pois sabia o que era passar fome, frio, solidão, pois já passara por tudo aquilo quando da morte de seus pais, até que se decidisse a procurar o convento e se tornar irmã de caridade.
Mas, a decisão da madre superiora era imutável e ninguém podería desobedecer. Ritier contava com o apoio constante da vice- madre diretora, mas esta , por mais que tentasse, também não conseguia mudar a opinião da madre – mãe. Porém, não passou muito tempo e o desencarne da madre- mãe ou “madre – madrasta” , veio modificar as coisas no “Convento da Colina”.
Dois meses depois do desencarne, vem a ordem do bispo da região, promovendo a vice-madre diretora para o comando do convento e a primeira coisa que fez a nova madre diretora, foi chamar Ritier ao seu gabinete e dar-lhe autorização para que a jovem freira, pudesse abrigar algumas crianças no convento e permitiu que se preparasse abrigo usando o velho predio da adutora (da caixa d`agua ) do convento. Ritier então, pediu ajuda a várias outras freiras caridosas e juntas, prepararam aquela parte do convento que não tivera utilidade por alguns anos , desde que fora construída a nova caixa d`’agua.
Alguns dias depois, um grupo de dezoito crianças órfãs, entre meninos e meninas, desesperados pela fome, sem quaisquer recursos, como que atendendo a uma sublime intuição, dirige-se àquele “convento na colina” para pedir pelo amor de Deus que as freiras os ajudem. Batem ao portão e são atendidas pela “irmã menina” , que com a ajuda de outra freira, abre o pesado portão e, com um sorriso nos lábios, disse-lhes: “Sejam benvindas……esta é a casa de Jesus”. E a partir daquele glorioso dia, aquelas crianças não mais tiveram que esmolar para viver. Alí, com Irmã Ritier, elas tiveram alimentação, carinho e estudos. E entre tantas coisas lindas que a freirinha lhes ensinava , ouviam-na cantar lindas e tocantes músicas enquanto , juntas, cuidavam da horta ou do jardim.
Aquela voz suave e doce, tocava-os tanto, que às vezes, comovidos, lembravam seus momentos com suas familias e choravam de emoção. Ritier então , corria para abraçá-las e muito brincalhona, em poucos minutos as acalmava, fazia algumas brincadeiras e dalí a pouco já estavam novamente felizes, cuidando das flôres e das hortaliças. Com o passar dos meses, sentindo a facilidade daquelas crianças em aprenderem suas melodias, Ritier formou com eles um grupo vocal e, quando já, bem ensaiados, levou-os para cantar na hora da missa do domingo no sacrário do convento . Foi muito tocante….. a nova madre superiora adorou o trabalho daquela freira tão jovem e amou a transformação que ela conseguira com as crianças.
Ritier, então, rogou à madre, que lhe permitisse levar o coral de crianças naquela mesma tarde, ao centro da vila, lá aos pés da colina. Foi a primeira vez que ela saía daqueles muros altos, após tanto tempo. Foram então, cantar em uma pequena praça bem no centro do povoado. Aquelas vozes afinadas e melodiosas começaram a ecoar nas humildes moradias…. Muitas pessoas foram se aproximando e, em silêncio, ouviam com atenção as melodias de Irmã Ritier. Era o “evangelho musical” que chegava aos ouvidos daquele povo, levando os ensinamentos do mestre. Era a música calma, enternecedora que penetrava o coração daquele povo pobre e sofrido.
E os sorrisos foram se formando naqueles lábios que há muito não tinham motivos para sorrir… E ao final da apresentação , aquela toalha branca, bordada de um azul esverdeado que Irmã Ritier havia estendido sôbre a calçada , recebeu duas dezenas de moedas que aquele povo lhes doara, em agradecimento pelos momentos de alegria e paz que haviam recebido. E com o dinheiro recebido, Ritier preparou um uniforme para as crianças, nas cores branca e azul petróleo ( como hoje a chamamos ) e por mais alguns anos, aquele grupo vocal continuou crescendo com
União Harmonia e se apresentando aos colonos da região, aos domingos à tarde…. O tempo foi passando…. Os mais velhos do grupo, à medida que iam se tornando adultos, iam seguindo seus próprios rumos. Outras crianças chegavam e eram atendidas com o mesmo carinho com que haviam sido atendidas as primeiras e logo já estavam também cantando no grupo.
Quando contava com vinte e seis anos de idade, Irmã Ritier teve que passar por penosa e constrangedora prova.
Havia um padre , que assessorava o bispo da região, que ao conhecer Irmã Ritier, se apaixonou perdidamente pela freirinha e, face ao grande poder que tinha junto ao bispo, obteve permissão para visitar constantemente o convento, a fim de “moralizar o ambiente”. Só que ele ía lá, era com o intuito de “desmoralizar o ambiente” . E todas as vêzes chamava Ritier à sua presença e como não tinha sucesso em suas investidas, jurou que iria perseguí-la até destruí-la totalmente.
O sofrimento foi terrível… Ela foi acusada injustamente de se envolver com os jovens a quem tanto bem fizera e tantas foram as acusações que aquele infeliz padre forjou , que Ritier ,aos vinte e sete anos de idade, acabou sendo aprisionada em seu próprio convento, não tendo mais a alegria de conviver com aquelas atuais crianças e jovens aos quais orientava e dirigia.
Face ao grande escandalo que se espalhou pela região e ao enclausuramento da “irmã menina”, a situação ficou insustentável para ela e após seis anos no cativeiro, Ritier desencarna em meados de 1.732, não sem antes prometer ao mestre Jesus e às suas companheiras religiosas que iría cuidar de todos aqueles seus “filhinhos” aos quais chamava de “meninos e meninas” e que quando estivessem juntas novamente como freiras no mundo espiritual , reuniria novamente todas as freiras da sua equipe e, juntas, através da musica iriam ajudar e curar pessoas.
A separação foi muito triste…. As freiras se sentiram sós sem a “grande pequena amiga”, que partia . As crianças, perdiam sua “maezinha do coração” .
Aquelas crianças cresceram…. Alguns seguiram o caminho da religiosidade…… Outros, seguiram o caminho do trabalho na agricultura, no comércio…. Outros, não conseguindo frear seus instintos, desviaram-se do caminho do amor e da moral que Ritier lhes ensinara e faliram na caminhada. Choques, desavenças, confrontos, acusações, infidelidades, desonestidades…… A idade de cada um avançava mas o amadurecimento moral não vinha.
No mundo espiritual, Irmã Ritier se envolveu na luz do amor e do perdão.
Sim…. Ritier perdoou seu algoz e ao recebê-lo no mundo da imatéria, quando de seu desencarne, prometeu ajudá-lo na nova caminhada que havería de projetar para um breve futuro. Ajudou……..e muito….
Ritier também recebeu, na pátria espiritual, cada umas das freiras que, como ela, haviam amargado os ataques dos homens religiosos que as cobiçavam e humilhavam.
Na dimensão da luz, Ritier formou uma corrente espiritual, composta por freiras,padres,freis e frades e juntos, prometeram divulgar o evangelho crístico a todos os corações que tiverem ” ouvidos de ouvir” . E essa promessa veemente vem se realizando…. Ritier , suas companheiras e companheiros, optaram por ficar um pouco mais no espaço, a fim de conseguirem reunir aquí na terra, o maior número de “meninos e meninas” daquela época. Sua intenção se resume em três ações importantes:
Primeira: formar novamente e conseguir manter sempre ativo o grupo vocal original e seu trabalho de “musicoterapia” e evangelização e através deste reencontro do grupo, ajudar cada um a achar o verdadeiro caminho da humildade, deixando de lado os gênios difíceis que ainda possuem.
Segunda: formar e coordenar novos grupos vocais afilhados para os quais designaria sempre uma das freiras de sua corrente religiosa para ser a orientadora. Com isso, ela tería condições, como supervisora”, de levar, através da “musicoterapia espiritual” e do “evangelho musical”, um astral de alegria, de paz, bem estar e equilíbrio às pessoas, preparando-as para a vida espiritual. Para tal, sua “equipe espiritual” que tem agido sobre a parte psíquica e religiosa dos pacientes, juntou-se com a equipe do espirito Lucas , (o mesmo Lucas que escreveu o evangelho) cujo trabalho médico tem recuperado, na matéria e na imatéria, muitas irmãs e irmãos encarnados e desencarnados.
Terceira: adquirir mais luz ,para, numa próxima etapa, voltar novamente à matéria e ajudar o seu ex algoz que se prepara para nova reencarnação no Brasil e precisará de muita ajuda para vencer.
Estamos em agosto de 2.008
Estaremos esperando mais revelações do mundo espiritual, através da intuição, sobre a vida de Irmã Ritier e sua missão na Terra. Possamos ter merecimento para tão nobre missão.